terça-feira, 4 de maio de 2010

bélico enxofre


Ter acessos de bondade e algo parecido com que chamam de compaixão. Uns momentos de impaciência e outros de maltratar, ferir e blasfemar. Trabalhar e se banquetear. Do ócio, não sobreviver.

Viver e poder e comer e beber e dormir e foder!
E as vezes filosofar ou brincar de gênio, ser artista e achar-se artista, belo e formoso e seguro de si e achar-se seguro de si e ser um completo idiota. Hora em vez, sentir náusea e fazer guerra muitas guerras. Pois, tem coisa mais monótona que viver em paz?! A guerra vem como mantra.

Entender a única coisa semi-digna que resta, a labuta. Horas muitas horas para, só assim, não ter tempo de lembrar-se quem realmente é. Mas logo, acabar com isto também, então, novo remédio para o tédio.
Juntar todo lixo, poluição e enxofre e parir belas obras de arte e poesias e canções.
E tornar à comer tudo de volta. Bélico enxofre.

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