O Sol indiano se põe me deixando menos febril e mais ébrio. As poucas flores que encontro pelo caminho sorriem para mim.
Noite paulistana, tropeço em figuras bem vestidas, grandes semi-artistas e artistinhas, então penetro bares-teatros e noite com uma trupe de chatos e fiéis companheiros de lascívia que surgem não menos trôpegos.
Tomo meu drinque barato e sigo beijando meu cérebro e bufando palavras conforme pedem minha benção e assim tudo se torna menos patético. Recebo olhares de reprovação por conta de meu comportamento demente e causo ainda mais desconforto à meus opressores dizendo-lhes que sou o filho bastardo e infame de Dionísio.
Onomatopéia jazz rola intenso, resolvo delirar a cada acorde e graves grooves que saltam da semi-acústica de meu doce amigo, que no palco entretêm à platéia de maneira discreta mas fora dele fica incontrolável como um jovem em sua primeira ereção.
Permaneço a ignorar algumas pessoas por diversão e por ser uma pessoa terrível. Sim, sigo desprezando à tudo e os grandes atos de estupidez que presencio sob a Lua, minha testemunha de travessuras.
Me divirto com a reação das pessoas que têm a infelicidade de cruzar com meu impiedoso amigo, sábio-maluco, exímio músico e vagabundo por imposição do destino. Provoca à todos, geralmente jovens mulheres, com singular elegância. Em troca recebe ricos olhares ou implacável menosprezo.
Seguimos noite adentro, adentro, adentro e adiante. E com os bolsos bem vazios!
É a noite brother...sempre ela...abraço.
ResponderExcluirOlá Rodrigo, o teu blog também é muito interessante!
ResponderExcluirda próxima vez me convida, pq eu também adoro me sentir viva na madrugada enquanto os mortais dormem!
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