sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dennis Hopper (1936 - 2010)

Dennis Hopper em Easy Rider (1969)

Não poderia deixar de prestar uma modesta homenagem à Dennis Lee Hopper (ator/diretor) que faleceu no sábado, 29 de maio aos 74 anos.
Lembro vagamente da primeira vez que assisti ao filme Easy Rider (1969), que no Brasil leva o nome de Sem Destino, provavelmente em alguma madrugada no corujão ou algo do tipo quando, ainda garoto, não fazia idéia quem eram aqueles dois sujeitos insanos e barbarizando todas na American way of Life (sonho americano) no fim dos anos 60, época hedonista. Alguns anos mais tarde, conheci outros bons filmes com sua espetacular atuação como o Apocalipse Now (1979), clássico de Francis Ford Coppola.

 Apocalipse Now (1979) de Francis Ford Coppola

Sem Destino, em que foi co-autor do roteiro, diretor e ator, é repleto de inovações como a narrativa acelerada e caótica. De baixo orçamento, levou ao cinema o consumo de maconha, tráfico de cocaína e popularizou motociclistas, sem as babaquices hippies da época. Tornou-se um fenômeno estético e cultural gigantesco, o filme abriu as portas à “nova Hollywood” - a geração de cineastas que, encabeçada por Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Peter Bogdanovich e William Friedkin, tomaria de assalto a “Meca do Cinema” nos anos seguintes, isto é, filmes de novos cineastas produzidos por eles mesmos e com grande liberdade artística, geralmente a baixos custos.
Hopper foi indicado duas vezes ao Oscar, uma delas pelo roteiro de Easy Rider e por sua atuação em Hoosers (1986). Triste e brochante o cara ter sido homenageado com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood já debilitado pelo câncer. De qualquer forma, graças a caras como Hopper o cinema feito hoje é menos patético e sem graça.


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