sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Looking for a new meditation

Foram-se seus dias de Glória
gradativamente

Caiu na armadilha
de suas próprias fraquezas
e com inocência
recusou-se a ser cria da sociedade
Paga o preço
E até aos mais próximos
espantou com sua loucura
Encontrou-se perdido nas ruas
ao ponto de não inspirar confiança
nem a um cão dócil
Menos ainda
a doce alma de mulher que hora veio
confusa e trôpega

Justo
Um "looser" atrai decadência e confusão
Entretanto compreende
que é um momento entre outros vários
E com a paciência de um faminto
espera e espreita
e caça

No momento certo
crava os dentes
e extasiado
vê escorrer o sangue ainda quente
Estanca a fome
Finda a cede
sente voltar o vigor
gradativamente
lava a alma
E limpa as enormes presas
com os ossos da vítima morta

Sabe que ainda há muito o que ceifar
na encosta do rio
ou
na selva de asfalto

Triunfa a eterna lei do retorno
Viagens sem rumo e a esmo aguarda
inúmeras visões xamânicas com peiote mexicano
na companhia de muitas gentes
volta a celebrar a vida
Sem olhar para trás
e com muita sede nos olhos
acredita que nada mais há
que a busca pelo horizonte
fechando as feridas das lutas sem sentido

Se lembrará com sua luz interna
das humilhações quando pedante
bêbado errante
encontrando assim
uma nova meditação

E com todo seu niilismo insano
acenando desta vez de cima
deixando que respingue sangue de sua língua
aos nauseabundos que correm dispersos
logo abaixo
bobos da corte social
escravos civilizados deles mesmos

E sorri
sem culpa
Ainda com sangue entre os dentes
procurando por uma nova meditação

Nenhum comentário:

Postar um comentário