quinta-feira, 24 de junho de 2010

proclamation sans prétention II - Tiago Mine


Meus olhos
embebidos de carcere
ejaculam sangue
na intelectual latrina dos Reis
E costurados a rabicós
com tripas suínas
que de verdades
não vimos o inverno passar...
Preferimos o destilado purulento
servidos a maneira dos anjos
em taças de areia e mel.

Brindemos sem últimos goles!

O jarro cerebral espatifou-se
diante dos homens:
E não haverá mais cegos
que línguas sem paladar;
Não há mais sede nem frio,
Pois hoje
deus
está nu.

de Proclamação sem pretenção, livro de edição independente do poeta Tiago Mine Vieira.



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