domingo, 11 de abril de 2010

Semanas de Alienação



obra de Pablo Picasso

Nas duas últimas semanas não consegui escrever nada. Falei com pessoas só do trabalho e neste pouco produzi. Não postei nada, não fiz exercícios, nem meditei. Li pouco, dormi pouco e não vi nenhum filme, nem visitei museus ou sai com os amigos. Acompanhei poucas notícias das tristes tragédias no Rio e da pedofilia na igreja católica e fora dela, notícias que não deixam de chamar minha atenção, entretanto senti a aproximação agradável do frio. Vivi de completa alienação de mim mesmo, cometendo crimes à minha alma deixando-a temporariamente trancafiada em um porão profundo e úmido. Tampouco sinto alguma inspiração e sei que levarei alguns dias pra me refazer de tais descuidos. Assisto neste momento ao noticiaria sobre os garotos desaparecidos de Luziânia em Goiás, foram encontrados mortos e enterrados graças ao ex-presidiário e assassino confesso do crime. Isso me lembra que o lugar de ex-presidiário é no xilindró mesmo, já que nosso sistema carcerário não recupera ninguém e é uma afronta a inteligência normal humana. Aos poucos vou refazendo o que restou das semanas improdutivas pra que não voltem a me perturbar e passem bem longe, quero voltar a ver um bom show e estar entre os amigos sem ter que me desgastar com os venenos anti-alma que vinha tomando. Começo de noite e me delicio com "O Livro de Toth" de Aleister Crowley que acabo de baixar. A companhia de um cão também me faria bem!

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