domingo, 7 de março de 2010

MC5, White Panthers and Sonic Revolution


O partido dos Panteras Brancas, insprado pelos Panters Negras, emergiu do Wokshop de Artistas de Detroit, em 1968, mostrando mais uma vez que foram ex-trabalhadores culturais que lideraram a radicalização da juventude americana com o recém-desenvolvido estilo freak de agitação política. O principal objetivo dos Panteras Brancas era levar essa agitação para as escolas, e abanda de rock´n´roll do movimento - o MC5 - era a sua arma mais poderosa para atingir esse objetivo. No entanto, em 1970, John Sinclair ( líder dos Panteras Brancas) acusou o grupo de ter se vendido. Nessa época, Sinclair estava na cadeia servindo uma sentença de dez anos por ter passado dois baseados de maconha para um detetive de narcóticos à paisana. Outro Pantera Branca, Pun Plamondon, entrou para a lista dos mais procurados do FBI por ter supostamente colocado uma bomba em um prédio da CIA em Ann Arbor.


O estilo freak de agitação, quando utilizado por aqueles dispostos a aguentar a violenta reação que caía sobre eles, era particularmente efetivo, por que representava alternativas tanto culturais como políticas à dominação capitalista. O sistema, ameaçado pela pela influência dessa vanguarda violenta, reagiu enfatizando na mídia o aspecto "paz e amor" da cultura hippie. No entanto, os militantes não desapareceram poque a mídia escolheu representar a forma errônia de o movimento: na verdade, eles voltaram na forma de guerrilha urbana.
(Trecho de Assalto à Cultura de Stewart Home da editora Conrad).

Boa parte dessa geração foi destruída pela droga de fácil acesso que era distribuída pelos arredores de Detroit. Solução encontrada pelo trágico governo Nixon para assim aniquilar os artistas e agitadores culturais. Pois, com heroína nas veias não há revolução.