sábado, 19 de junho de 2010

Poema à Phil Lynott


Fomos ao museu local ver um pouco de arte abstrata,
mas curtíamos mesmo era o impressionismo,
caras como Monet, Van Gogh e Gauguin.  
Tinha saudades de Dublin e de sua antiga banda.
Fumamos alguns cigarros e o frio congelava nossos pés dentro das botas, 
mas estávamos seguros dentro dos casacos. 
Entramos no metrô rumo aos bares 
do outro lado da cidade que ele insistiu conhecer. 
Pub's dizia animado. 
No caminho me contou coisas fantásticas sobre sua terra natal, 
as gangues nas ruas, as garotas, 
os grandes escritores, compositores e batalhas medievais.
O bar nos aguardava e tudo o mais que havia dentro dele. 
A banda local fazia o seu trabalho com um blues pesado e dinâmico.
Phil foi convidado ao palco para o próximo número. 
Não havia ninguém como ele no palco com tamanha presença e 
sua linda voz de negro irlandês, 
no entanto, fora dele 
sua vida podia ser um pouco tumultuada e confusa.
Escrevia belas poesias e as transformava em canções brilhantes. 
Alguns diziam que sua mãe era brasileira, 
mas ele nunca me contou.
No bar pude comprovar o sucesso com as garotas e... 
pelos deuses, como trabalhava em seu uísque, 
eu estava sempre na vodca.
O velho Phil, 
apesar de ter transitado pelo  folk e outros estilos e de sua serenidade, 
tenho covicção de que foi um dos mais dedicados Rocker's de sua geração.


 Philip Parris Lynott (1949 - 1986) poeta, músico e compositor 
  
Check it out, check his face
Look at his eyes, they’re so sly
I wonder why he cries from the inside
I wonder why he’s a renegade

Oh please, I’m on my begged bended knees
Oh please, please heed my call
He’s just a boy that has lost his way
He’s just a boy, that’s all
 
Phill Lynott, Snowy White


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