secreta papoula
assentas quente em minhas veias
e o vento batendo nas pétalas
se esconde do pálido sol
junto doutras espécies
vem natural onírica
logo sangrar-te e
o ópio extrair
sentir teu peso
nos braços e o odor
para tão logo apaixonar-me
sem corromper-me
entre rochas te escondes
entre rochas te encontro
o mesmo mar que te banhas
choca-se entalhando as pedras
ritual hermético
revela segredos
tradição ancestral
ao sentir o vento
símbolo da natureza criadora
aguardar a lua
sentir o céu
permita-me
receber-te
oh sagrado êxtase
E eu lhe disse "Mas tu, quem és?". - "Eu", disse ele, "eu sou Poimandres, o Noús da Soberania absoluta. Eu sei o que queres e estou contigo em todo lugar". E eu disse: "Quero ser instruído sobre os seres, compreender sua natureza, conhecer Deus. Oh! como desejo entender!" Respondeu-me ele por sua vez: "Mantém em teu intelecto tudo o que desejas aprender e eu te instruirei."
I - Poimandres 2, 3Corpus Hemeticum
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